Ana Baleia traz a arte têxtil ao Festival Andanças com desperdício têxtil dos habitantes de Campinho.

A artista Ana Baleia aceitou o convite da PédeXumbo para trazer a sua arte textil aos palcos e espaços do Festival Andanças, no Campinho. Designer de moda, figurinista e artista visual, os têxteis são a matéria-prima do seu trabalho, colaborando com várias marcas, companhias de teatro, bailarinos, performers, encenadores.

Para o Andanças escolheu trabalhar usando como matéria-prima o desperdício têxtil dos habitantes de Campinho. A partir de uma campanha de recolha de roupa na aldeia, criou as suas histórias e memórias, que vieram também de Reguengos e Évora!

Assim nasceram a “Fachada” na Bilheteira, o “Vestido de Dança” que é uma peça onde o público pode ter um papel participativo e “vestir” o vestido, dando a cara e vestindo causas e palcos há “Coisas Pendentes I”, “Coisas Pendentes II” e “Roupa de Cama”, feita com os lençois brancos entregues na campanha de recolha!

« Na roupa acumulada por grupo de pessoas, fascina-me a variedade de fibras, cores, estilos, décadas, modas – um monte de histórias, um pequeno resumo de uma sociedade, a beleza da diversidade. Os trabalhos produzidos para o Andanças 2023 falam de liberdade, de aceitação e são um manifesto contra a homofobia».

Uma instalação para ver no Festival Andanças até domingo, dia 30 de julho!

 


 

Ana Baleia vive e trabalha em São Luís, Odemira, há 15 anos. Nasceu em Cascais em 1979, Licenciou-se em design de moda na faculdade de arquitectura de Lisboa e no mesmo ano foi uma das vencedoras do concurso Jovens Criadores, na categoria de Moda, representando Portugal na Bienal de Atenas. Trabalhou como designer colaborando com criadores e marcas de vestuário, até ir viver para Cabo Verde, onde foi designer de uma marca local. Decidiu ir viver para o Alentejo em 2008, desde então desenvolve o seu trabalho como designer, figurinista e artista visual, sempre com os têxteis como matéria-prima, colaborando com várias marcas, companhias de teatro, bailarinos, performers, encenadores. Em Março de 2021, o seu projecto TEX REX foi um dos seleccionados para o Programa de Apoio ao Empreendedorismo Criativo Magallanes_ICC . Em 2022 teve a primeira exposição individual, no Centro de Artes de Sines e de seguida no espaço CRIAR (Odemira). Em 2023 a Galeria Plato, em Évora, acolheu a sua exposição Re Search TEX TEX. É cofundadora da Associação Cultural e Artística “Ateneu do Catorze”, em são Luís, onde tem o seu atelier, partilhando o espaço com os restantes membros deste colectivo. Há vários anos que desenvolve projectos dedicados ao upcycling, procurando agir localmente e contribuir para uma economia circular na área dos têxteis. É, em 2023, uma das artistas apoiadas pelo programa Culture Moves Europe (financiado pela Europa Criativa, União Europeia e implementado pelo Goethe-Institut).

www.anabaleia.com

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